Natural do Huambo, o escritor Agualusa venceu a maior premiação cultural de Angola
O escritor José Eduardo Agualusa venceu, na categoria de literatura, o Prémio Nacional de Cultura e Artes (PNCA), edição 2019
De acordo com o júri, cujos resultados foram divulgados nesta segunda-feira, em conferência de imprensa, é atribuído o prémio pelo conjunto das suas obras, nas quais a investigação, a memória histórica, a distopia, a atualidade, o questionamento, a reflexão e o sentido estético vão de mãos dadas, contribuindo para a projeção da literatura angolana no mundo, noticia a Angop (agência de notícias de Angola).
Acrescenta que, desta forma, tem contribuído também para o surgimento do leitor emancipado e para o fortalecimento da cidadania e da liberdade de expressão.
José Eduardo Agualusa Alves da Cunha nasceu no Huambo a 13 de Dezembro de 1960. O seu primeiro romance "A Conjura" recebeu o Prémio Revelação Sonangol. Com Nação Crioula foi distinguido com o Grande Prémio Literário RTP. Com Fronteiras Perdidas obteve o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco da Associação Portuguesa de Escritores, enquanto Estranhões e Bizarrocos obteve o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens, em 2002
Em 2007 recebeu o prestigioso "Prémio Independente de Ficção Estrangeira", promovido pelo diário britânico The Independent em colaboração com o Conselho das Artes do Reino Unido, pelo livro O Vendedor de Passados. Foi o primeiro escritor africano a receber tal distinção.
Em 2017, ganhou o Prémio Literário Internacional IMPAC de Dublin pela obra Teoria Geral do Esquecimento.
O PNCA é a mais importante distinção do Estado Angolano neste setor, tendo como principal objetivo incentivar a criação artística e cultural, bem como a investigação científica no domínio das ciências humanas e sociais.
É atribuído nas categorias de literatura, artes plásticas, dança, música, teatro, cinema e audiovisuais, investigação em ciências humanas e sociais, festividades culturais populares e jornalismo cultural.
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