Morreu o Politico e Poeta angolano "André Mendes de Carvalho"



Morreu na manhã desta quinta-feira (13), o político, escritor e poeta angolano Agostinho André Mendes de Carvalho aos 89 anos, na cidade de Luanda, vítima de doença prolongada.
Uanhenga Xitu encontrava há mais de três meses em coma, a clínica Girrasol, em Luanda, devido a uma forte queda que sofreu em sua residência.






Agostinho André Mendes de Carvalho nasceu em Icolo e Bengo no dia 29 de Agosto de 1924.
Biografia e actuação:
Romancista. Uanhenga Xitu é o nome Kinbundu de Agostinho André Mendes de Carvalho. Fez curso de enfermagem, profissão que exerceu durante muitos anos. Como enfermeiro, deslocou-se por todo o país. Também cursou Ciências Políticas na Alemanha. Em 1959, foi preso e considerado participante no “Processo dos 50”. Enviado para o Tarrafal, Uanhenga XITU lá permaneceu, de 1962 a 1970. Após a independência, foi membro do Conselho da Revolução, Comissário (Governador) da Província de Luanda, Ministro da Saúde de Angola e Embaixador de Angola na República da Polónia. Foi deputado na Assembleia Nacional, pela bancada do MPLA, partido do qual faz parte, tendo sido, inclusive, membro do seu Comité Central até 1998.
Em 2006, recebeu a distinção do Prémio de Cultura e Artes, na categoria de Literatura, pela qualidade do conjunto da sua obra, causando-lhe uma enorme surpresa. Uanhenga Xitu entrava assim para a lista dos melhores autores da história literária angolana.
 Percurso Literário: época e geração
É considerado um Poeta da Geração 70, a Geração do Silêncio. Foi na cadeia, em companhia de António Cardoso e de António Jacinto, que Uanhenga XITU começou a escrever os seus primeiros contos. É membro da União dos Escritores Angolanos, que recentemente o homenageou, pela sua inquestionável importância dentro do cenário literário angolano.
 Obra Poética: cronologia e publicações
1974 – Meu Discurso.
1974 – Mestre Tamoda.
1974 – Bola Com Feitiço.
1974 – Manana.
1976 – Vozes na Sanzala  Kahitu.
1980 – Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem.
1984 – Os Discursos de Mestre Tamoda.
1989 – O Ministro.
1997 – Cultos Especiais.
2002 – Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem. (reedição)

 

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